quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Dia de Chuva.
Dia de chuva. Ah.. é tudo que eu mais amo. Um dia de chuva. Loucura, né? Todo mundo ama os dias de Sol, e eu, amo os de chuva. Mas também amo os de Sol, não se engane. Só que eu amo mais os de chuva. É nos dias de chuva que eu amo tudo mais. Eu sempre te amo mais em dias de chuva. Amo ele, ela, e ela, e ela.. mas amo ainda mais em dias de chuva. Mas olha que coisa mais louca. Aliás, eu sou um tanto louca. Vivo querendo que faça um dia de chuva para eu ficar em casa, mexer na minha bagunça, ler, ouvir música, enfim, relaxar. Mas hoje? Ah, hoje está chovendo, e eu, morrendo de vontade de andar na chuva. Sozinha, em meio aos carros e a tantas vidas loucas, cada um numa função. E eu andando na rua, pensando, ouvindo música, fumando. Fumando? Haha... é. Fumando. Então, sabe o que imaginei? Imaginei fatos, amores, paixões, imaginei muitas coisas. Inclusive, eu deitada nos teus braços, tomando um café quente, e fumando. Digo, conversando. Digo, conversando também. E sei lá, um ambiente escuro, e eu em teus braços. E nada mais. Apenas isso. Num perfeito dia de chuva. E nada mais.

Um comentário:

  1. Mistério

    Gosto de ti, ó chuva, nos beirados,
    Dizendo coisas que ninguém entende!
    Da tua cantilena se desprende
    Um sonho de magia e de pecados.

    Dos teus pálidos dedos delicados
    Uma alada canção palpita e ascende,
    Frases que a nossa boca não aprende,
    Murmúrios por caminhos desolados.

    Pelo meu rosto branco, sempre frio,
    Fazes passar o lúgubre arrepio
    Das sensações estranhas, dolorosas…

    Talvez um dia entenda o teu mistério…
    Quando, inerte, na paz do cemitério,
    O meu corpo matar a fome às rosas!
    Florbela Espanca

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